quarta-feira, 27 de abril de 2011

José e Pep: Os grandes clássicos

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=259847

José Mourinho diz:
«Não me interessa a pressão que andaram a fazer para que o árbitro não fosse o Proença, por ser português. O que me interessa é que ficou clara uma nova era: antes havia o grupo de treinadores que nunca protestam com os árbitros e o grupo de treinadores, onde me incluo, que protestam; porque, quando são prejudicados, não conseguem calar a revolta. Agora, com o que disse Pep depois da final da Taça do Rei, há um terceiro grupo, a que para já só ele pertence, o grupo dos que protestam com o árbitro quando ele toma uma decisão acertada...»
«Se calhar tudo isto é consequência de um célebre escândalo em Stamford Bridge, que terá habituado mal o Pep...»
«Este clássico é como os outros, é como o Benfica-FC Porto, como o Inter-Milan, o Chelsea-Manchester United. Não há favoritos. Encontrámos o nosso equilíbrio e estamos prontos para jogar no topo. E estaríamos assim mesmo que tivéssemos perdido a final da Taça do Rei. Não há diferença. Nem eu tenho uma poção mágica para vencer o Barcelona. Só o trabalho. Muito. Sou o mesmo treinador que perdeu 0-5 este ano com o Barcelona»

Já Pep diz:
«Bem, pela primeira vez Mourinho dirigiu-se a mim e chamou-me apenas Pep, pelo que também pela primeira vez irei chamar-lhe José. E até vou olhar para uma câmara, para falar directamente com José. Onde estão as câmaras? Ah, estão ali: ora bem, José, o que eu disse relativamente ao árbitro da final da Taça do Rei é que ele esteve muito atento e que assinalou, nunca disse que mal, um fora-de-jogo por dois centímetros que nos tirou um golo; queria eu, nessa altura, lembrar que às vezes é por estas pequenas coisas que se perdem jogos, por detalhes. Não critiquei o árbitro. Agora, José, se preferes acreditar apenas no que leste, só tenho a lamentar. Preferia que acreditasses em mim»
«Ele é muito bom no campo, o melhor, o mais titulado, aprendo muito com ele. E além disso, fora do campo é muito melhor do que eu, ganha sempre, tem essa Champions particular que desde já lha dou para levar para casa. Não entro nela, porque não sei jogá-la. Só jogamos no campo»


Só posso classificar este diálogo através da impressa de Capto! Temos de guardar na memória esta troca de palavras de grande significado, em que os jogadores de ambas as equipas ficam protegidos por trás daqueles que passam para 1º plano, isto é, os treinadores. Neste tipo de embate, Mourinho, é muito bom e consegue retirar pressão que supostamente recaíria sobre jogadores como C. Ronaldo e Di Maria. Em termos de equipa, o Barcelona leva vantagem, pois tem melhores jogadores e estão mais rotinados. Leva também vantagem porque o treinador conhece muito bem os jogadores e foi capitão de muitos deles. Já Mourinho, é o sr. Títulos, e tem grande capacidade de improvisão táctica, para além do facto de ser um treinador muito empenhado e astuto, pelo que poderá criar algum enredo em que face à superioridade do Barcelona obtenha o efeito surpresa ou até mesmo o efeito do empenhamento físico, dos jogadores, no seu nível máximo.

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